A
cabra é um ruminante de pequena
estatura e seu peso adulto oscila entre 45 a 70Kg. Normalmente, as raças
leiteiras, podem produzir de 2 a 5 kg de leite por dia, num período médio de
lactação de 300 dias. O Bode tem peso bem mais elevado, não sendo raro atingir
100 Kg. É um animal forte e no seu período de reprodução exala odor
característico.
Por
ser um animal muito ativo e inteligente, a cabra sabe procurar o que lhe
interessa, tanto em matéria de paladar como daquilo que sente falta. Sua
alimentação deve ser rica em fibras, pois ela adora a vegetação arbustiva, com
grande preferência por folhas largas. Quando criada em liberdade pode destruir
o pomar, pois não apenas come as folhas como também a casca das árvores, que
lhe é extremamente palatável.
O leite
puro da cabra é quase idêntico ao de vaca, em termos percentuais e de
paladar. O mau odor e mau sabor ocorrem devido à falta de higiene na ordenha:
mãos sujas do ordenhador, mau manuseio do animal ou pela presença do bode
próximo as cabras no momento da ordenha.
Entre
as principais raças de caprinos temos:
ü Saanen: São animais brancos, altivos, considerados
ótimos produtores de leite e dão cabritos de bom tamanho.
ü Alpina: Coloridas de castanho e negro, um pouco
menores que as anteriores, mais rústicas e também boas produtoras.
ü Toggenburg: Pelagem castanho acinzentada, machos peludos
e faixas brancas na cara.
ü Anglo Nubiana: Belas cabras, de bonito colorido, orelhas
grandes, antigamente chamadas “Zebu”.
ü Boer: caprino tipo carne com boa conformação, alta taxa de
crescimento e fertilidade, pêlo curto e marcações vermelhas na cabeça e peito.
São animais fortes 82 a 90cm de altura para machos com pesos que variam entre
80 e 90kg e fêmeas que medem de 65 a 80cm de altura e pesam entre 50 e 70kg.
Sua pelagem é branca com cabeça e peito vermelhos, têm orelhas pendentes e
chifres.
Quanto à alimentação dos caprinos, não há
inconveniente de oferecer capim verde recém cortado ou até mesmo murcho.
Deve-se ter cuidado especial para que não “esquente”, isto é, não esteja
fermentado, evitando problemas intestinais como a diarréia. Seguem algumas dicas importantes para uma
boa nutrição:
ü Administrar sal ou
misturar minerais em cochos, sempre à disposição dos animais.
ü Utilizar bebedouros
sempre limpos.
ü Limpar os comedouros
todos os dias para evitar que permaneça ração estragada.
ü Todas as forragens e
rações devem ser isentas de terra, impurezas e de ervas daninhas, que possam
prejudicar os animais.
ü Administrar as rações
ou alimentação de acordo com a produção.
ü Dar uma alimentação
variada, pois representa um estimulante para o apetite e secreções digestivas.
ü Dar as rações com
regularidade, porque é interessante para o funcionamento normal do aparelho digestivo
e a saúde do animal.
ü Evitar a passagem
brusca de um regime alimentar para outro, devendo a substituição ser feita
gradativamente, para os animais irem se acostumando com a nova alimentação.
Para os recém nascidos, o colostro é o
responsável pela transferência de imunidade da mãe a diversas enfermidades,
através das imunoglobulinas, além do alto valor nutritivo e efeito laxativo
importante para eliminação do mecônio (secreção de coloração amarela que é
acumulada no intestino da cria durante a gestação). Portanto, a ingestão do
colostro nas seis primeiras horas de vida é fundamental para a sobrevivência e
bom desenvolvimento da cria, pois após 36 horas a absorção das imunoglobulinas
praticamente cessa.
Nas próximas edições discutiremos um pouco
mais sobre caprinocultura. Até mais!
Fonte: Capripaulo –
Associação Paulista dos criadores de caprinos.
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