A raiva é uma doença viral extremamente
perigosa que acomete mamíferos, inclusive o homem (zoonose).Trata-se de um
grave problema de saúde pública, visto que as condições do meio ambiente brasileiro
favorecem o aumento da população de morcegos hematófagos transmissores da
doença.
Mas
qual o motivo do aumento da população destes morcegos nas áreas rurais?
O morcego é um dos poucos animais a se
beneficiar com o desequilíbrio ecológico provocado pelo homem: os grandes
desmatamentos para a formação de pastagens para o gado e a introdução de
bovinos neste local têm disponibilizado farta fonte de alimentação (sangue) e proteção
nos abrigos das instalações rurais. Sendo assim, a população deste transmissor tem
aumentado consideravelmente.
Após a mordida do morcego infectado, o período
de incubação da Raiva é muito
variável, porém estima-se entre 25 e 90 dias. O aparecimento de sintomas dependerá
da susceptibilidade do animal, isto é, de acordo com sua imunidade (sistema de
defesa do organismo), idade, local da mordedura e da quantidade de vírus
inoculado.
Entre os
sintomas em bovinos podemos notar o isolamento do animal doente, tristeza,
momentos de agitação, engasgos, hipersalivação, tremores, paralisia dos membros
posteriores. Os sintomas evoluem até que o óbito ocorre entre 3 a 5 dias após o
aparecimento dos sintomas. Já nos
eqüinos, os sintomas mais comuns são prurido (coceira) intenso no local de
penetração do vírus, agitação, apetite depravado, andar cambaleante e
incoordenação motora. De uma forma geral, os sintomas paralíticos e o período
de duração da doença são bastante semelhantes aos descritos para os bovinos.
Nos suínos, ovinos e caprinos os
sintomas são muito semelhantes aos já descritos nas demais espécies.
Como
prevenir?
Para controle adequado da raiva dos
herbívoros, três medidas devem ser adotadas sistematicamente: vacinação, controle populacional do morcego hematófago e atendimento ao foco da doença pelos órgãos competentes.
Para uma boa resposta à vacinação, o animal deve estar saudável para que outros processos
metabólicos e patológicos não interfiram na resposta imunológica. Os cuidados
na vacinação devem incluir a via de aplicação, a dose, o tipo de vacina e,
principalmente, a conservação do produto, tanto no momento da vacinação como na
sua produção laboratorial.
Para o controle
da população de morcegos e evitar a contaminação dos animais do rebanho, a
pasta vampiricida (produto com substância anticoagulante que provoca a morte do
morcego transmissor da doença) deve ser aplicada ao redor das mordidas e os
demais animais do local devem ser vacinados.Promover iluminação ambiente, vedar
entradas de abrigos, colocar telas e evitar desmatamento são outras medidas
importantes.
Ao notar qualquer anormalidade em animais da sua
propriedade rural, procure assistência veterinária o quanto antes. Somente um
Médico Veterinário poderá avaliar o caso em questão, examinar o animal doente e
orientar o produtor quanto às precauções e providências a serem tomadas. Fique
atento! Perigo para os animais e para toda a família.
Para maiores informações sobre Raiva, acesse:
www.cda.sp.gov.br
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