quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Raiva em propriedades rurais : Saiba mais sobre o assunto


A raiva é uma doença viral extremamente perigosa que acomete mamíferos, inclusive o homem (zoonose).Trata-se de um grave problema de saúde pública, visto que as condições do meio ambiente brasileiro favorecem o aumento da população de morcegos hematófagos transmissores da doença.

Mas qual o motivo do aumento da população destes morcegos nas áreas rurais?

O morcego é um dos poucos animais a se beneficiar com o desequilíbrio ecológico provocado pelo homem: os grandes desmatamentos para a formação de pastagens para o gado e a introdução de bovinos neste local têm disponibilizado farta fonte de alimentação (sangue) e proteção nos abrigos das instalações rurais. Sendo assim, a população deste transmissor tem aumentado consideravelmente.

Após a mordida do morcego infectado, o período de incubação da Raiva é muito variável, porém estima-se entre 25 e 90 dias. O aparecimento de sintomas dependerá da susceptibilidade do animal, isto é, de acordo com sua imunidade (sistema de defesa do organismo), idade, local da mordedura e da quantidade de vírus inoculado.

Entre os sintomas em bovinos podemos notar o isolamento do animal doente, tristeza, momentos de agitação, engasgos, hipersalivação, tremores, paralisia dos membros posteriores. Os sintomas evoluem até que o óbito ocorre entre 3 a 5 dias após o aparecimento dos sintomas. Já nos eqüinos, os sintomas mais comuns são prurido (coceira) intenso no local de penetração do vírus, agitação, apetite depravado, andar cambaleante e incoordenação motora. De uma forma geral, os sintomas paralíticos e o período de duração da doença são bastante semelhantes aos descritos para os bovinos. Nos suínos, ovinos e caprinos os sintomas são muito semelhantes aos já descritos nas demais espécies.

Como prevenir?

Para controle adequado da raiva dos herbívoros, três medidas devem ser adotadas sistematicamente: vacinação, controle populacional do morcego hematófago e atendimento ao foco da doença pelos órgãos competentes.

Para uma boa resposta à vacinação, o animal deve estar saudável para que outros processos metabólicos e patológicos não interfiram na resposta imunológica. Os cuidados na vacinação devem incluir a via de aplicação, a dose, o tipo de vacina e, principalmente, a conservação do produto, tanto no momento da vacinação como na sua produção laboratorial.

Para o controle da população de morcegos e evitar a contaminação dos animais do rebanho, a pasta vampiricida (produto com substância anticoagulante que provoca a morte do morcego transmissor da doença) deve ser aplicada ao redor das mordidas e os demais animais do local devem ser vacinados.Promover iluminação ambiente, vedar entradas de abrigos, colocar telas e evitar desmatamento são outras medidas importantes.

Ao notar qualquer anormalidade em animais da sua propriedade rural, procure assistência veterinária o quanto antes. Somente um Médico Veterinário poderá avaliar o caso em questão, examinar o animal doente e orientar o produtor quanto às precauções e providências a serem tomadas. Fique atento! Perigo para os animais e para toda a família.

Para maiores informações sobre Raiva, acesse:


www.cda.sp.gov.br

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